Uma lei de uso de capacete não terá sucesso se as pessoas se recusarem a cumpri-la, ou se não entenderem a razão de sua existência. Da mesma forma, se os capacetes não estiverem prontamente disponíveis, ou se forem muito caros para a maioria das pessoas, a probabilidade é de que os índices de uso de capacete permaneçam baixos.
É bom saber como as pessoas vêem a segurança no trânsito, em geral, e sua atitude quanto ao uso de capacete, em particular. Essa informação pode ajudar a dar forma a um programa de uso de capacete e a decidir quanto deve ser investido em conscientizar o público sobre os benefícios do capacete. Os objetivos de um programa irão determinar que grupos devem ser entrevistados e quais perguntas devem ser feitas. As seguintes perguntas podem ser incluídas:
Dados desse tipo podem ser coletados como parte de um programa de capacetes anterior (ver a seção 2.3.5). Também podem ser conduzidos estudos:
– por firmas de pesquisa de mercado;
– por universidades, organizações não-governamentais, outras agências que trabalham
em segurança no trânsito.
Se esses dados não estiverem disponíveis, poderia ser de utilidade conduzir uma enquete de opinião pública para coletar essa informação. Se o programa ainda estiver sendo desenvolvido, pode haver restrições de tempo e orçamento. Portanto, sugere-se apenas uma enquete preliminar nesse estágio e, mais tarde, pode ser empreendida uma pesquisa mais detalhada. Em uma enquete preliminar, é de utilidade focar apenas na área geográfica e no grupo populacional que se estima tenha o risco maior.
O custo e a disponibilidade de capacetes na área é algo que precisa ser avaliado para que se compreenda se esses fatores influenciam a decisão das pessoas de usar capacete. Podem ser feitas as seguintes perguntas para reunir informação sobre essas questões:
– o número e a distribuição geográfica dos fabricantes de capacetes;
– o número e tipo de marcas de capacetes no varejo;
– o custo médio de um capacete no varejo;
– total anual de vendas de capacetes.
De onde virão esses dados?
– dos fabricantes de capacetes;
– dos distribuidores e fornecedores de capacetes;
– do departamento do governo responsável pela segurança no trânsito;
– dos envolvidos em programas de capacete anteriores.
Se esses dados não estiverem disponíveis, e se o orçamento permitir, o método mais eficaz é contratar uma firma de pesquisa de mercado para reunir esses dados. Outra opção seria obter essa informação de um fabricante de capacetes – preferencialmente um que faça parte do grupo de trabalho.
Os dados coletados serão usados como indicadores de base, em comparação com os quais a eficácia do programa pode ser controlada. Por exemplo, os dados sobre vendas podem ser usados para demonstrar o sucesso de um programa. A disponibilidade de capacetes também será fator para decisão sobre quando entrar com a fase de fazer cumprir a lei de uso de capacetes, se este for um dos objetivos do programa (ver Módulo 3).
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