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Brasil troca com outros países experiências de sucesso

Ministro da Saúde participou de painel de alto nível que teve mediação da embaixadora global da campanha Make Roads Safe, Michelle Yeoh

Iniciativas brasileiras como o SAMU 192, o projeto Vida no Trânsito e o Guia Vida no Trânsito – uma ferramenta de ensino à distância para formação de gestores locais – foram destacadas pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante painel da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados.
A discussão “Principais Conquistas na Década de Ação” teve a participação de outras sete autoridades e foi mediada pela atriz malaia Michelle Yeoh, embaixadora Global para a campanha “Make Roads Safe” e conhecida pela atuação em filmes como “O Tigre e o Dragão” e “007 – O Amanhã Nunca Morre”.
“O Brasil é um dos 25 países com tolerância zero prevista em lei para álcool, e um dos 130 que aplica a lei fazendo o teste do bafômetro”, disse o ministro, acrescentando que a Lei Seca foi uma das responsáveis pela redução em aproximadamente 6% do volume de mortes no trânsito brasileiro entre 2012 e 2013, depois de praticamente uma década de estatística crescente.
No Cambodja, a adoção de políticas públicas específicas aliadas ao aperfeiçoamento da legislação nacional, à construção de sistemas de informação, melhoramento do monitoramento nas vias e rodovias e campanhas de conscientização já começam a gerar resultados perceptíveis, revelou o ministro de Obras Públicas e Transporte do país, Tram Iv Tak.
Já na Argentina, de acordo com o ministro do Interior e Transportes Felipe Laguens, uma mescla de decisão política, ações de inteligência policial, tecnologia e destinação de recursos também começam a fazer a diferença no enfrentamento do problema. “O crescimento da frota de motos impactou na quantidade de vítimas”, afirmou Laguens.
“As organizações não-governamentais têm condições de construir pontes entre o governo e a sociedade civil dos países, e ajudar a alcançar resultados palpáveis para a segurança no trânsito”, enfatizou Jeffrey White, presidente do conselho de administração da Aliança Global de ONG’s, outro dos debatedores do painel.
Na Índia, o esforço para reverter os altos índices de mortes e traumas no trânsito envolve a criação de uma agência central para cuidar do tema, a implantação de um sistema mais rígido para emissão de carteiras de habilitação, a identificação dos locais onde ocorrem mais acidentes e a expansão das vias. “Estamos trabalhando nas áreas rurais e urbanas”, contou o ministro dos Transportes e Rodovias indiano, Nitin Gadkari.
Em Moçambique, segundo explicou Manoela Rebelo, vice-ministra de Tranportes e Comunicações, as novas iniciativas incluem implantação de sistemas de informação unificados e de cadastros de condutores, formação mais rigorosa de motoristas, legislação proibindo venda de bebidas alcoólicas nas vias públicas e fiscalização policial conjunta.
“Este debate mostra que temos as respostas, sabemos como curar a doença”, disse a mediadora Michelle Yeoh. “Precisamos falar alto, compartilhar as experiências e executar as ações”, acrescentou a ativista, que elogiou o reconhecimento do Brasil à relevância do tema ao sediar a conferência.
Ludmilla Duarte, da Agência Saúde

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