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Motociclista: inspeção prévia, primeiros minutos, minutos de chegada, sem estresse

Alguns princípios básicos

(Extrato do manual de JC Salvaro)

Inspeção prévia

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Para evitar acidentes ou danos maiores à motocicleta, antes de sair com ela, faça uma rápida checagem geral, verificando pneus (observe o desgaste e se não estão murchos); cheque se não há lâmpadas queimadas (farol, lanterna, pisca-pisca, luz de posição, etc.); desgaste das pastilhas e lonas de freio; folga dos comandos (embreagem, acelerador, freios); ajuste dos espelhos retrovisores; verifique o nível do óleo do motor, do eletrólito da bateria e do líquido de arrefecimento; folga da corrente de transmissão, e outras verificações que julgar necessárias. A motocicleta deve estar “em dia” para responder aos comandos do piloto, com precisão e segurança. Não deixe para abastecer a moto somente quando o nível de combustível estiver no limite final da reserva; evite transtornos, abastecendo logo que a moto “pedir reserva”.

Primeiros minutos

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Segundo as estatísticas, nos primeiros minutos de pilotagem, acontece boa parte dos acidentes (normalmente próximos a casa ou local de trabalho do motociclista). Portanto, concentre-se na pilotagem desde a saída. O fato de rodarmos por trajetos exaustivamente conhecidos – normalmente de casa para o trabalho e vice-versa - faz com que relaxemos a pilotagem.
Presumimos (ingenuamente) que nada vai nos acontecer. E esta despreocupação pode nos induzir a acidente. Procure ficar “ligado” a tudo o que acontece em volta, desde a saída, não importando se o trajeto é familiar e a velocidade empreendida baixa.
Principalmente se o motociclista nunca sofreu uma queda, a tendência é ele pensar que os acidentes só acontecem com os outros. Evite o excesso de confiança e esteja atento a tudo o que ocorre à sua volta, desde o momento da saída até a chegada.

Minutos de chegada

Quem costuma viajar de moto conhece muito bem a sensação de quando estamos chegando ao local de destino, momento em que deixamos a rodovia e entramos na cidade: é a sensação do “já cheguei”. Neste momento, a tendência do motociclista é relaxar totalmente a pilotagem, pois ele pensa que, se após ter rodado centenas, às vezes, milhares de quilômetros sem nenhum acidente, não é agora que ele irá acontecer.
Assim, com este relaxamento, sem a concentração e atenção necessárias, os riscos de um acidente aumentam. Lembre-se: a viagem só acaba efetivamente quando você chega ao destino, estaciona a moto e desliga a motor. Depois de tanto cuidado no trajeto, ao deixar a rodovia e entrar na cidade, não jogue tudo “por água abaixo” relaxando os cuidados. Evite surpresa. Continue com a atenção e a concentração normais que a pilotagem defensiva requer. Adapte-se ao fluxo do trânsito urbano, sempre mais lento que o das rodovias. Não queira rodar no mesmo ritmo, pois o ambiente é outro.

Sem estresse

O estresse é um dos fatores de acidentes no meio urbano. Procure pilotar com calma e seguindo as leis de trânsito. Evite sair por aí desesperadamente, ou atrasado para os compromissos. Procure, na medida do possível, sair mais cedo de casa e pilotar tranquilo e sempre pensando na sua segurança. Rodando com pressa, normalmente o motociclista acaba cometendo imprudências, diminui a preocupação com a segurança e se arrisca mais. Nestas condições, sem dúvida, as chances de acidentes aumentam. Pense: por mais importante que seja o compromisso, sofrer um acidente sempre será pior do que chegar alguns minutos atrasado. Portanto, evite ao máximo pilotar de forma desesperada.
No trânsito, não revide provocações; aceite desculpas. Não são raras as brigas de trânsito que terminam em morte. O melhor caminho nem sempre é o mais curto. Muitas vezes, é preferível rodar um pouco mais a pegar um trânsito travado.
Observo com muita frequência no dia a dia, principalmente nas saídas de semáforo, uma competição para ver quem larga na frente, quem chega primeiro a outro ponto, quem ultrapassa, etc. O motociclista defensivo está acima dessas picuinhas, e não se deixa levar por exibicionismos dos outros motociclistas (geralmente novos, imprudentes e precisando de auto-afirmação). O motociclista defensivo é maduro, sério, habilidoso, consciente, responsável e está sempre aprendendo algo novo; sabe que não precisa provar nada para ninguém.

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