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Motociclista: outros equipamentos de segurança

Extrato do manual de JC Salvaro

Jaqueta

A jaqueta ou casaco é um dos itens de segurança mais importantes para o motociclista. Sua principal função é proteger o tronco e braços do impacto e da abrasão do piso em caso de queda, evitando que a pele seja esfolada pelo asfalto.

Existem no mercado vários tipos de jaquetas especiais para motociclistas. As mais utilizadas são as de couro, que protegem bem do frio, vento e abrasão do asfalto, têm longa vida útil e preço razoável. São maleáveis, mas não impermeáveis, e esquentam bastante. Porém, as mais sofisticadas e caras são as italianas, feitas em cordura (material bastante resistente) e dotadas de membrana impermeável e proteções, além de permitirem a transpiração (ao contrário de alguns abrigos impermeáveis que deixam o motociclista encharcado de suor). Modelos nacionais de jaquetas começam a surgir gradativamente no mercado.
Uma boa jaqueta, de cordura ou couro, tem de ter uma “armadura” no mínimo nos cotovelos e ombros e idealmente nas costas também.
Normalmente estas peças de “armadura” são colocadas em bolsos internos e fixadas com velcro para que possam ser retiradas para limpeza da jaqueta. Estas peças, principalmente as que recebem o selo de aprovação CE da União Européia, são bastante eficientes na absorção de impactos. Se o motociclista cair, é muito provável que baterá os cotovelos no chão. Se ainda rolar, irá bater bem mais partes do corpo. Daí a importância dessas proteções.

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Independente do tipo, a gola deve permitir fechar-se bem em torno do pescoço, porém sem apertar demais. Também deve ser alta para proteger do frio e da chuva.
Adicionalmente deve ser alta na parte de trás para evitar que a chuva entre por trás do capacete.
O tipo de jaqueta a ser escolhido dependerá basicamente do poder aquisitivo do motociclista.
O inconveniente destes tipos de jaquetas é a dificuldade de usá-las no verão, já que elas retêm bastante o calor. Se a região onde você mora for muito quente, uma solução paliativa, apenas para rodar na cidade, seria usar uma jaqueta jeans, que não esquenta tanto e protege de alguma forma das escoriações, mas não dos impactos. O importante, neste caso, é não deixar o corpo totalmente exposto, sem nenhuma proteção. Em viagens, uma boa jaqueta é fundamental, e como o vento ajuda a refrescar, é possível usá-la sem grandes transtornos.
A vantagem do inverno é que o frio é um grande incentivador do uso dos equipamentos completos de segurança, principalmente as jaquetas, casacos e botas.
Independentemente do tipo, a jaqueta deve ficar firme no corpo, evitando o “efeito balão”, quando a jaqueta fica inflada pelo vento. As mangas não podem ficar “vibrando” com o vento pois isto incomoda bastante. As mais sofisticadas possuem ajustes nos braços e cintura, para deixá-las bem justas no corpo, mas sem impedir a liberdade de movimentos necessários a pilotagem.
Todo motociclista que se preocupa com sua segurança deve possuir uma boa jaqueta. Ela é muito importante em caso de quedas. Embora nunca se espere cair, deve-se estar sempre preparado. Ela ajuda bastante a evitar ou pelo menos diminuir as consequências.
As jaquetas de cores claras e vivas são as que permitem melhor visualização do piloto.

Luvas

São importantes porque protegem do frio, da chuva, de pedriscos, etc., as mãos, que durante a queda geralmente são as primeiras partes do corpo a tocar o solo na tentativa do motociclista de se proteger. E aí o abrasivo asfalto pode fazer um “grande estrago” nas mãos.

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Por isso, deve-se usar luvas sempre. Elas agem como uma “segunda pele”, evitando estragos maiores. Podem ser feitas de nylon, lycra, poliéster, kevlar, cordura, couro, carbono, etc. Em todos os modelos, procura-se conjugar o maior conforto possível, o índice de tato nos comandos da moto, e a proteção otimizada contra os efeitos abrasivos do asfalto e o choque. As voltadas à pilotagem esportiva são repletas de proteções e as mais seguras. As mais populares são as de couro. Existem luvas que são impermeáveis.

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Aqui também existe o problema que faz com que muitos motociclistas não as utilizem: o calor. Se na região onde você mora o clima é muito quente, uma solução paliativa, apenas para rodar na cidade, é usar as luvas do tipo “off-road”. Elas são macias, leves, “furadinhas” e não esquentam sob o calor. É a melhor alternativa para se usar no dia a dia sob o calor.
Já para viagens, é recomendável usar uma luva “mais robusta”. Na hora de escolher as luvas, um detalhe importante é que elas sejam bastante maleáveis e que não provoquem (grande) perda de sensibilidade nas mãos. Luvas “duras” ou muito grossas dificultam a pilotagem, aumentam o tempo de reação aos comandos (principalmente freios e buzina) e comprometem a segurança. Sofrer um acidente e cair num abrasivo asfalto sem portar luvas fatalmente ocasionará um “grande estrago” nas mãos. Quem pilota defensivamente está sempre preparado.

Calça

Nunca se deve pilotar usando calção, short ou bermuda. Numa queda, normalmente as pernas e joelhos são bastante atingidos. O ideal é usar calças de couro ou as especiais de cordura, especialmente confeccionadas para motociclistas. Se a temperatura for muita alta, de forma que torne insuportáveis os tipos citados, então se deve usar pelo menos calça jeans.

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Como foi dito, existem calças especiais para motociclistas. Até certo tempo atrás só havia as importadas (que são bastante caras). Agora já é possível encontrar modelos nacionais a preços bem mais acessíveis. Elas possuem proteções nos joelhos e material especial na região das nádegas para absorver impacto, além de serem impermeáveis. Os joelhos quase sempre são atingidos em caso de quedas, daí a importância das proteções. As calças de couro são bastante resistentes, porém, não possuem as proteções nos joelhos.

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Botas

Sem nenhuma dúvida, o calçado ideal para o motociclista são as botas. São o calçado que mais protege em caso de quedas. As botas mais sofisticadas e que oferecem o maior nível de proteção, sendo inclusive impermeáveis, são as importadas (normalmente italianas). Os pés também são bastante vulneráveis em caso de acidentes. Nunca se deve pilotar descalço, de sandálias, chinelos ou sapatos abertos. Caso você não queira ou não possa usar botas no dia a dia, então use tênis ou sapato de cadarço. Os do tipo sem cadarço não ficam totalmente firmes nos pés e em caso de acidente soltam-se facilmente, deixando-os totalmente expostos e desprotegidos. Além de ter cadarço, prefira os sapatos mais “robustos” aos muito moles e frágeis. Evite também os calçados escorregadios.

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Abrigo de chuva

Vestimenta que não pode faltar ao motociclista, exceto àqueles que possuem jaqueta e calça impermeáveis. Essencial em viagens, é recomendável tê-lo disponível no dia a dia. Procure carregá-lo sempre com você. Existem basicamente dois tipos: os inteiriços e os que se compõem de duas peças (jaqueta e calça). Procure escolher um modelo que não seja muito volumoso para não ocupar muito espaço no transporte. O melhor local para transportá-lo é no bauleto ou nos alforges. Um detalhe importante na escolha do modelo é verificar se é possível colocá-lo rapidamente (sem precisar retirar os sapatos ou botas). Isto se justifica, pois, muitas vezes, a chuva surge de repente e não se tem muito tempo para colocá-lo. Verifique também se o abrigo possui faixas refletivas na frente, costas e braços (lembre-se do princípio: Veja e Seja Visto).

Para aumentar sua vida útil nunca se deve guardá-lo molhado.

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Macacão

O macacão normalmente é usado por pilotos de motovelocidade e por motociclistas que possuem as velozes (e caras) motos esportivas. Em conjunto com o capacete, botas e luvas, constitui a vestimenta de mais alto nível de proteção ao piloto.

Protetores de coluna

Acessórios especialmente projetados para proteger a coluna do motociclista em caso de acidentes. Normalmente são usados por pilotos das velozes motos superesportivas. Muitas jaquetas já possuem embutida a proteção para as costas. Porém, as proteções “independentes” são bem mais robustas e seguras.

Colete inflável

Foi lançado no mercado há algum tempo, mas ainda não se popularizaram.

Trata-se de um colete que infla a partir de um gás armazenado em um pequeno cilindro preso ao colete. No momento do acidente, quando o piloto é jogado “para fora” da moto, o gás é liberado e o colete infla. Há inclusive, uma jaqueta de origem italiana, muito cara por sinal, que também infla no momento do acidente, também usando o mesmo mecanismo. O objetivo desses equipamentos é amortecer o impácto do corpo do piloto no momento da queda, diminuindo portanto as consequências do acidente. É a tecnologia a serviço da segurança.

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