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Motociclista: prevenção de acidentes de trânsito

Extrato do Manual do profissional de motofrete publicado pela CET-SP (junho 2012), página 55

VEJA E SEJA VISTO !

No trânsito, a segurança depende do quanto nos tornamos visíveis, por isso é importante o motociclista manter o farol baixo aceso, mesmo durante o dia e sinalizar intenções de mudança de posição na via.

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Ponto cego

As áreas escuras representam os “pontos cegos”, posições na via em que o condutor não vê o veículo que transita atrás ou lateralmente a ele.

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Posicionamento na via

É mais seguro, e por isso recomendável, as motocicletas ocuparem espaço como os demais veículos ocupam na via, mantendo sempre distância segura em relação aos outros veículos.

O espaço entre veículos (o chamado “corredor”), somente deve ser usado, se o trânsito estiver muito lento ou parado. Nesta situação os riscos para a segurança são maiores, portanto alguns cuidados são fundamentais:

  • Avaliar as condições da via. Não trafegar entre veículos quando não for possível manter distância segura;
  • Transitar com velocidade muito baixa, entre 10 e 15 Km/h.
  • Tornar-se visível aos motoristas;
  • Orientar-se pela sinalização existente;
  • Manter distância frontal e lateral segura.

Distância de Segurança

As condições de clima e da via (pista seca ou úmida, existência de imperfeições) devem ser consideradas.

Distância Lateral Segura

Avaliar, quando estiver circulando pelos corredores, se a distância dos veículos é suficiente para manobras inesperadas. Nas vias que não permitirem este posicionamento, a motocicleta deve ocupar sempre o espaço de um veículo.

Distância Segura do Veículo da Frente

A distância é medida em tempo. Dois segundos é o tempo total necessário para a reação do condutor mais o tempo de frenagem. Esse tempo é válido se a pista, o veículo e o condutor estiverem em boas condições (pista seca, sem imperfeições, veículo em boas condições de manutenção e, principalmente, o condutor descansado e sóbrio).

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Como calcular a distância de segurança:

  • Marcar um ponto como referência (poste, árvore, etc...)
  • Quando o veículo à frente passar por esse ponto contar um mil e um, um mil e dois.
  • Ao terminar de falar dois o ponto de referência não deve ter sido ultrapassado, caso isso aconteça, diminuir a velocidade, para aumentar a distância do veículo à frente.

Controle de velocidade

Potência é importante para veículos atingirem velocidade em pouco tempo; em certas situações é esta potência que ajuda a evitar um acidente. Maior potência no motor também facilita ultrapassagens, embora as velocidades máximas das vias por lei não devam ser excedidas nessas manobras. O que o condutor não pode é fazer mau uso dessa vantagem tecnológica.

Muitas pessoas correm por hábito ou por estímulo de outros condutores.

Principalmente os jovens, são influenciados pela propaganda de veículos e filmes de ação. A velocidade fascina e alguns perdem a noção do perigo.

As estatísticas comprovam que o excesso de velocidade é uma das maiores causas de acidentes no Brasil, daí a importância de não nos empolgarmos pela velocidade. Por exemplo: tentando recuperar o tempo perdido, conduzindo a motocicleta com velocidade excessiva. Também não devemos assumir espírito de competição nas vias públicas.

É importante termos presente que acidentes acontecem em frações de segundos e podem mudar completamente nossas vidas. Podemos não ter uma segunda oportunidade para evitar acidente.

Como se diz: “não adianta chorar sobre leite derramado”.

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Cuidados com os usuários da via

Dos atropelamentos no ano de 2010 na cidade de São Paulo, 25% foram causados por motocicleta.

É possível diminuir este número e mudar esta realidade.

  • Reconhecer a fragilidade do pedestre;
  • Diminuir a velocidade ao se aproximar da faixa;
  • Não parar sobre a faixa de segurança. Este lugar é do pedestre;
  • Diminuir a velocidade ao se aproximar de um cruzamento sinalizado;
  • Aguardar a fase verde do semáforo para sair. Não arrancar com velocidade;
  • Esperar o pedestre concluir a travessia;
  • Ficar atento, pois a moto não é visível para o pedestre nos “corredores”;
  • Sinalizar sempre as intenções com seta;
  • Trafegar apenas na pista, nunca sobre a calçada e passarelas;
  • Estar atento a travessias inseguras de pedestres próximo a pontos de ônibus, escolas, shoppings, hospitais, etc.;
  • Manter os olhos em movimento a fim de visualizar tudo e todos que passam ao redor.

Ciclistas

  • Nos últimos anos têm aumentado muito a participação de bicicletas no trânsito.

É importante o motociclista considerar essa realidade, respeitando os ciclistas, observando a movimentação de bicicletas, para evitar acidentes.

  • Ao ultrapassar ciclistas manter ao menos 1,5 m de distância.

Frenagem

  • Pilotar com velocidade que permita reação em situações inesperadas é fundamental.
  • No momento da frenagem, todo o peso recai sobre a roda dianteira. Isso faz do freio dianteiro o maior responsável pela frenagem.

Observe no desenho as distâncias percorridas até a parada total, de uma motocicleta de 125 cc, freio a disco dianteiro e a tambor traseiro, à velocidade de 50 km/h:

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O tempo de frenagem depende do atrito entre os pneus e o solo. A frenagemmais eficiente é a que o motociclista aciona ao mesmo tempo os freios traseiro e dianteiro, deixando para acionar a embreagem no último instante da frenagem, usando assim a força do motor para reforçar a parada da moto (freio motor). Quando se utiliza a embreagem juntamente com os freios, a roda fica livre e sobrecarrega os freios.

É importante usar os quatro dedos no manete para frear.

O acionamento dos freios deve ser progressivo, a fim de evitar o travamento das rodas. Nunca se deve frear com acionamentos múltiplos do manete.

Quando a moto parar, o motociclista deve manter o pé acionando o freio traseiro e colocar o pé esquerdo no chão, só mudando essa posição para engatar novamente a marcha antes de sair novamente.

O piso molhado diminui o atrito, portanto, nessa situação, deve-se manter distância maior em relação ao veículo da frente, aumentando o espaço para a frenagem.

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Concentração

Interferências negativas na pilotagem

Pilotar motocicleta exige concentração e habilidade.

Tudo o que interfere negativamente na concentração é prejudicial à segurança: fadiga, sono, falta ou excesso de alimentação, ingestão de certos tipos de medicamentos, álcool e drogas, provoca diminuição dos reflexos, dificuldades de julgamentos das situações vividas no trânsito e consequentes tomadas de decisões.

Não por acaso, esses fatores são os principais responsáveis por acidentes e mortes no trânsito.

Cansaço

É o resultado de poucas horas de sono, excesso de trabalho e preocupações.

Assim, para evitar as suas consequências:

  • É importante programar o trabalho, executando-o organizadamente, desligando-se de preocupações e concentrando-se na pilotagem;
  • Cultivar momentos de lazer, praticar esportes, ouvir músicas, relaxar física e mentalmente são atitudes importantes para a qualidade de vida e para uma boa pilotagem.

Álcool

É uma droga socialmente aceita, porém pequena dose é suficiente para alterar o estado físico e psicológico do condutor. Abaixo, as principais consequências do seu uso:

  • Provoca perda do senso crítico;
  • Age diretamente no sistema nervoso central (cérebro);
  • Gera excesso de autoconfiança;
  • Altera reflexos em geral;
  • Reduz o campo visual do condutor;
  • Altera o senso de equilíbrio;
  • Faz com que a pessoa tenha alucinações;
  • Distorce a realidade;
  • Inibe a capacidade de avaliar corretamente velocidade e distância;
  • Prejudica a coordenação motora;
  • Álcool e drogas podem tornar agressivo o condutor.

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palavras-chave: motociclista, prevenção, acidente