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Motociclista: equipamentos de proteção

Extrato do Manual do profissional de motofrete publicado pela CET-SP (junho 2012), página 48.

(Capacete, viseira, óculos, jaqueta, luvas,calças, botas, aparador de linha, protetor de membros inferiores)

Por conduzirem um veículo frágil e sem proteção de carroceria os motociclistas estão sujeitos a lesões mais graves em caso de acidentes. A motocicleta quando está em movimento cria o chamado equilíbrio dinâmico. Esse equilíbrio é facilmente perdido pelo condutor, seja por um pequeno toque no trânsito (raspar a moto lateralmente em outro veículo, encostar o pneu na guia no momento da curva, etc.) possibilitando a ocorrência de queda de seus ocupantes. Além do mais as pessoas estão soltas sobre o veículo, sem que nada as proteja: nem carroceria, nem cinto, air-bag, etc, gerando portanto maiores riscos aos ocupantes da motocicleta, seja o motociclista ou o garupa.

Para compensar esse lado negativo, é de grande importância o motociclista adotar a chamada segurança passiva, usando equipamentos de proteção.

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O uso dos equipamentos de proteção proporcionam mais segurança, protegendo contra os efeitos negativos de vento, poeira, frio, sol, insetos, etc., contribuindo também na estabilidade da motocicleta, além de evitar ou tornar menos graves as lesões em casos de acidentes, principalmente as fraturas e escoriações. A seguir vamos estudar os benefícios do uso dos equipamentos de proteção.

Capacete

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As duas principais funções do capacete motociclístico é absorver e dissipar a energia gerada no momento de impacto (acidente), evitando traumatismo craniano e ferimentos no rosto, mandíbula, nariz e dentes.

Ferimentos na cabeça podem significar perdas da fala, audição, visão e de movimentos. Pessoas que sofreram algumas dessas lesões, achavam que isto nunca iria acontecer com elas.

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Outra função do capacete é proteger contra os efeitos nocivos da radiação solar. É importante o motociclista usar capacete de tamanho apropriado (existe no mercado numeração que vai do nº 54 até o nº 62), de qualidade comprovada pela certificação do INMETRO* – Instituto Nacional de Metrologia, e em bom estado de conservação.

* Orgão do Governo Federal que testa todos os produtos fabricados no Brasil ou importados e certifica se eles atendem às normas técnicas de segurança.

Impactos nos capacetes

Após um impacto forte o capacete deve ser trocado, mesmo que aparentemente esteja intacto. Ele pode ter sofrido fissuras imperceptíveis a olho nu, mas que afetam a capacidade de resistência a novos impactos. Com o tempo, todos os materiais sofrem “fadiga de material”, perdendo qualidade. Os fabricantes estimam que até um prazo de 3 anos o capacete tem condições técnicas de absorver impactos.

Um capacete muito antigo poderá não absorver impactos e transmiti-los diretamente ao crânio.

Afivelamento do capacete

Muitos motociclistas não afivelam corretamente o capacete com a cinta jugular, seja devido a calor, a incômodo ou pressa.

Ao assim procederem se iludem, imaginando que a cabeça esteja protegida, quando, na verdade, devido ao peso do capacete e a inércia, no caso de acidente, no momento mais necessário, ele poderá sair da cabeça.

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Viseira ou óculos de proteção

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Vento e poeira nos olhos provocam irritações, ressecamento e danos à visão.

Partículas em suspensão no ar podem atingir os olhos e cegar momentaneamente o condutor. Grãos de areia, pedriscos ou até mesmo insetos podem ferir os olhos.

Conforme a intensidade do impacto o dano pode ser mais intenso, como perfurar e cegar. Há casos em que atingem o cérebro com comprometimento das funções cerebrais.

A viseira deve estar limpa e sem riscos para não prejudicar a visualização ao pilotar. À noite as luzes dos faróis se dissipam nos riscos, comprometendo ainda mais a visão.

Jaqueta

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O uso de jaqueta evita escoriações em caso de queda. Protege contra vento, frio, raios do sol, além de favorecer a aerodinâmica e o equilíbrio do motociclista e garupa.

Usar jaquetas feitas com material resistente como o couro ou o nylon dotadas de refletivos, escolher o tamanho apropriado para o seu porte físico é importante para a segurança.

Luvas

Luvas de couro impedem escoriações e até fraturas em caso de queda. Dão maior firmeza ao segurar o guidão. O punho longo impede que o vento entre pela manga da jaqueta, diminuindo o desconforto térmico e a possibilidade de inflar a jaqueta.

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Calças

É importante que essa parte do vestuário do motociclista seja resistente para evitar escoriações em caso de queda. Hoje no mercado existem vários produtos eficientes para o motociclista, porém, para o dia a dia do trabalhador de motofrete, uma calça de brim é o suficiente. Devem-se evitar usar calças muito largas que podem enroscar nas pedaleiras.

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Botas

Quando reparamos nos calçados dos motociclistas, principalmente os motofretistas, notamos que a grande maioria usa calçado mais popular, como o tênis.

Poucos entendem que o calçado é parte do equipamento de segurança. Mas é importante usar a bota e não o tênis como calçado para pilotar, pois a bota dá maior firmeza e posiciona melhor os pés nas pedaleiras, protege em caso de acidentes, diminuindo a possibilidade de cortes, fraturas e rompimentos de tendões.

Além dos equipamentos próprios para o motociclista, como vimos anteriormente,é importante pensarmos nos dispositivos de segurança que, quando presentes nas motocicletas, contribuem de forma significativa para a nossa segurança. Vamos falar dos dois mais importantes.

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Dispositivo aparador de linha

Somente quem já se deparou com linhas de pipas quando estava pilotando sabe a ameaça que isso representa. Linhas de pipas e outros tipos de cabos soltos na via, não são facilmente percebidos.

Como são uma realidade, a melhor maneira de evitá-los é equipar a motocicleta com esse dispositivo corta fio.

Protetor de membros inferiores

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Qual a possibilidade de ferimentos nas pernas e pés dos motociclistas em caso de acidente? As estatísticas mostram que os membros inferiores são os que mais sofrem ferimentos. Segundo dados do Hospital das Clínicas (FMUSP/2001), de cada 10 fraturas sofridas por motociclista, 8 ocorrem nas pernas, principalmente nos pés e tornozelos.

São fraturas que exigem não só uma delicada recuperação, como também um longo período de reabilitação.

Por isso é importante valorizar o protetor de membros inferiores.

Ele minimiza as consequências da colisão frontal, da queda da motocicleta sobre o motociclista, etc.

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